Em comemoração ao Jubileu de Ouro da Diocese de Jundiaí (1967 – 2017) estamos tendo a graça de receber a visita do representante do Santo Padre – Papa Francisco – no Brasil, o Núncio apostólico Dom Giovanni D’Aniello, que se iniciou no dia 11 e perdurará até o dia 15 de agosto, atendendo ao convite do Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa. A entusiasmada visita faz parte das comemorações dos 50 anos de Criação e Instalação Canônica da Diocese, completados em 6 de janeiro, deste ano. Neste ínterim, pude presenciar (até então) dois momentos que serão um marco em minha vida como seminarista e, certamente, na vida de outros que puderam participar de tais momentos.
O primeiro sucedeu na sexta-feira (11) quando adentrou no Seminário Diocesano – onde resido. Perfilamos-nos por turma de estudo para acolhê-lo e ele gentilmente cumprimentou um a um, acompanhado e sendo apresentado pelo nosso Bispo, Dom Vicente. Após a apresentação fomos à Capela fazer a liturgia solene das Vésperas e depois seguimos à sala para ouvirmos seus conselhos e perguntarmos algo que quiséssemos saber sobre a Igreja ou sobre sua experiência de vida. Utilizando o mesmo método do Papa Francisco e de Dom Vicente, ele citou três pontos em que o seminarista deve apoiar-se para corresponder ao chamado de Deus. São eles: a oração, a coerência de vida e a comunhão (no sentido de comunhão com os seminaristas e futuramente com os padres). Contou-nos sua experiência com Deus, quando, numa situação inusitada e conflitante, não sabia como resolver. Clamou e até interrogou a Deus que prontamente atendeu seu pedido e a situação fora resolvida rapidamente. Tal testemunho me deixou emocionado, pois me mostrou mais uma vez que não caminho sozinho e que quando Deus chama concede as graças necessárias para transpor momentos de tribulação que encontramos na vocação específica de cada um de nós.
O segundo momento ocorreu no sábado (12), quando o Núncio foi encontrar-se com a juventude da Diocese, na “Arca da Aliança”, em Várzea Paulista. Entusiasmei-me quando o Núncio entrou no salão: percebi e também senti a alegria da juventude ao ver Dom Giovanni, juntamente com Dom Vicente, caminhando pelo corredor central da Arca. Para demonstrar onde os jovens devem se conectar, foi encenada uma peça teatral que comparava a diferença em conectar-se com as tecnologias atuais, sobretudo o celular, e a conexão com as coisas divinas. Sendo Deus o “wi-fi” só podemos nos conectar com Ele com as senhas específicas; dentre elas: a renúncia, que até sabemos como é, mas pô-la em prática é algo difícil de conectar. Em contrapartida as senhas utilizadas para conectar-se com as coisas mundanas são mais acessíveis. São elas: as baladas, as bebidas, as drogas e as “novas tecnologias” que enganam e escravizam a muitos jovens. Outros momentos tocantes foram os testemunhos de vida de alguns jovens e o momento crucial foi quando, após uns minutos de silêncio e invocação do Espírito Santo, o padre Leandro Megeto (reitor do Seminário de Filosofia) fez o chamado vocacional, aliás, estamos no mês vocacional. Dentre os moços, 34 deles sentiram o chamado e dentre as moças, 32. Em seguida foram até Dom Giovanni e Dom Vicente receber a bênção de envio. Sendo assim, foram designados a irem às suas paróquias e conversar com seus respectivos párocos.
BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR! Benditos somos nós, que recebemos a tão ilustre visita do “embaixador” do Papa Francisco à nossa Igreja Particular de Jundiaí.
Messias Maciel Romão.